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A procura de emprego e as redes sociais digitais


Atualmente é muito comum uma pessoa pertencer a uma rede social digital, estando desta forma ligada a inúmeras outras pessoas e entidades. Neste espaço virtual partilha estados, gostos, interesses e realizações pessoais e profissionais. Isto evidencia que vivemos numa sociedade global, onde o espaço e o tempo são relativos.

Perante esta nova realidade, também o mercado de emprego atingiu uma dimensão global, com os dados, que definem a nossa identidade, acessíveis em qualquer lugar e altura. A internet tornou-se num local para as pessoas procurarem trabalho e as empresas contratarem. Neste contexto as redes sociais, pelas suas características de interação e disseminação de informação, tornaram-se um meio ideal para estas dinâmicas.

As empresas conseguem “por este meio recrutar os melhores, de forma mais rápida e com um custo muito menor, evitando subcontratação de empresas consultoras” (Moura, 2015, p. 24) intermediárias, tendo acesso direto aos potenciais candidatos e, cada vez mais, a um conjunto e informações provenientes dos seus perfis digitais.

Para Afonso Carvalho, responsável por um estudo realizado em Portugal pela empresa Kelly Servisses, "é evidente que as redes sociais estão a mudar a forma como as pessoas procuram trabalho.” (Kelly Global Workforce Index , 2011, p. 2). Estas estão a aprender que há aspetos positivos e negativos e precisam de aproveitar o melhor que a Internet lhes pode oferecer a nível profissional. Por exemplo, o citado estudo identifica que “16% dos inquiridos dizem recear que o conteúdo que disponibilizam nas redes sociais possa afectar negativamente as suas carreiras” e “18% dos inquiridos dizem ser essencial man-ter-se activo nas redes sociais”.

Quanto ao Facebook, o estudo conclui que é a “mais popular rede social para encontrar trabalho” (Kelly Global Workforce Index , 2011) para todas as gerações. Tal parece relacionar-se com a sua grande popularidade, sendo a sua utilização transversal a todas as faixas etárias e à adesão das entidades que necessitam de contratar. Atualmente já é normal que as empresas publiquem os seus anúncios de recrutamento no Facebook, os quais são objeto de partilha pelos restantes membros, atingindo assim uma audiência superior à dos meios de comunicação tradicionais.

Por outro lado, o referido estudo também evidencia que os utilizadores do Facebook estão cada vez mais conscientes da possibilidade de encontrarem ofertas de emprego nesta rede social, vendo-a como um meio válido e prático para a procura ativa de emprego.