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A tecnologia e a sociedade



O surgimento de um novo paradigma tecnológico organizado em torno das novas tecnologias da informação, mais flexíveis e poderosas, permite que a informação se torne o produto do processo produtivo. A evolução da tecnologia implicou novas capacidades produtivas da sociedade, novos padrões de vida, bem como novas formas sociais de organização. Assim, "o surgimento da sociedade em rede é resultado da interação de duas forças relativamente autónomas: o desenvolvimento de novas tecnologias e a tentativa da sociedade de reaparelhar-se com o uso do poder da tecnologia para servir a tecnologia do poder" (Castells, 2011, p. 69).

Atualmente a nossa existência, individual e coletiva, é moldada e mediada pela tecnologia numa lógica de rede, sendo a informação a matéria-prima para a construção de conhecimentos. A “rede é um conjunto de nós interligados” (Castells, 2011, p. 606) que permite processar, fortalecer e difundir os conhecimentos anteriormente construídos a partir da informação partilhada. Este novo conhecimento pode, por sua vez, trazer novos significados ao saber dos indivíduos que venham a ligar-se a esta rede.

No entanto, para Braudel (1967), “a tecnologia não determina a sociedade: incorpora-a. Mas a sociedade também não determina a inovação tecnológica: utiliza-a” (p. 6). Esta interação dialética entre sociedade e tecnologia define uma nova realidade social, ultra-passa fronteiras e chega às pessoas com realidades sociais e culturais diversificadas, de-correntes de uma evolução global da sociedade.

Portanto, é possível afirmar que a tecnologia pode causar impactos no estilo de vida e no comportamento do indivíduo na sociedade, bem como seus hábitos. Estas transformações que estão na origem do conceito de Cibercultura.