Achei interessantes as considerações que fez, apontando, particularmente, algumas questões que, de tanto nos cruzarmos com elas, aceitamos como sendo normais, apesar das anormalidades que elas possam passar, quer direta, quer indiretamente, quer ainda pela forma, ou pelo conteúdo.
O convívio com as redes sociais tem enormes inconvenientes. E, efetivamente, há um pouco de tudo, até episódios macabros de alguém que partilha em direto ofensas à integridade física de pessoas e até dos próprios autores. Não haja dúvidas que tem muito “spam” (lixo informático). Mas tem também grande potencial. Não para ficar preso e isolado nas redes sociais, mas para delas retirar o essencial, mesmo que por equivoco tenhamos de fechar um vídeo violento ou mórbido. Sempre houve pessoas desequilibradas, dentro e fora das redes sociais.
Este é também um espaço onde encontramos reflexões interessantes sobre os mais diversos temas e memórias que nos levam a viagens no tempo e na história, num percurso de valores que importa preservar.
Por tudo isto, costumo dizer que temos de ter um “consumo” seletivo das redes sociais e não ver tudo o que é publicado de ânimo leve. O segundo aspeto que me parece importante é não ficar refém disso. Há mais vida para além das redes sociais e não prescindir do “face to face”. Eu não prescindo.
Nota: Este texto foi publicado no jornal JM Madeira em 29-04-2017. O autor autorizou a sua publicação neste website.
Marsílio Aguiar
Jornalista
Licenciado em comunicação social pela Universidade da Beira Interior.
