O relatório do Consortium Horizon Ibero-América (Durall, Gros, Maina, Johnson, & Adams, 2012), que analisou as tecnologias contemporâneas e a sua contribuição para a realidade atual e do futuro, identificou as principais tendências impulsionadoras da adoção de tecnologias na educação, das quais destacamos as seguintes:
- As pessoas pretendem poder trabalhar, aprender e estudar quando e onde queiram;
- A multiplicidade de recursos disponíveis na internet leva-nos a rever o nosso papel como educadores e aprendentes;
- Está em expansão uma cultura formativa-educativa que coloca o foco da aprendizagem no individuo e que se fundamenta no uso de tecnologias;
- Os administradores considerarem novos métodos para combinar a formação presencial e assistida pelas tecnologias;
- As tecnologias que usamos estão cada vez mais baseadas na nuvem e as nossas noções de suporte de TIC estão descentralizadas;
- A crescente disponibilidade em termos de largura de banda está a mudar radicalmente os comportamentos dos utilizadores no ensino, na aprendizagem e na investigação.
Não é tarefa fácil ensinar numa sociedade em rede e procurar criar uma cultura de aprendizagem ao longo da vida, mas é o dever de todos os agentes educativos, e também a sua responsabilidade “de serem os catalisadores da sociedade do conhecimento” (Coutinho & Lisboa, 2011, p. 18). Tal não depende apenas da tecnologia, mas sim dos novos paradigmas de organização social que estão emergindo na atualidade.
A sociedade em rede está, progressivamente, a tornar obsoletas as instituições e as estruturas hierárquicas da velha sociedade, incluindo as instituições e processos educacionais mais tradicionais. Perante a integração das novas tecnologias na sociedade, da ubíqua internet e crescente utilização das redes sociais digitais, torna-se essencial considerar novos espaços e caminhos para as aprendizagens, diferentes e inovadores.
A Sociedade em Rede
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