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Facebook e a Identidade


Considerando a “identidade como o processo através do qual os indivíduos partilham o seu «eu» com os outros” (Altheide, 2000 apud Amante, 2014, p. 35), podemos afirmar que utilizar as redes sociais digitais é uma forma de gerir a própria identidade, estilo de vida e relações sociais. No caso do Facebook, isto verifica-se nas informações que colocamos nos nossos perfis, nos conteúdos de partilhamos, nas interações que realizamos entre outras actividades que definem a nossa presença online e “a construção de um perfil público” (Fonseca , 2010, p. 7).

As redes sociais, particularmente o Facebook, “têm vindo a constituir-se como um espaço alternativo, onde se fazem e reforçam amizades e que, como espaço social que são, dão igualmente lugar a processos de construção de identidade” (Amante, 2014, p. 35). Tal permite-nos projectar a nossa identidade para além do nosso ambiente offline, a qual é comprovada e validada pelos outros através do feedback que fazem às nossas interações. Os estudos apresentados por Valenzuela, Park , & Kee, (2009) revelam que as interações sociais e as trocas de informação no Facebook ajuda-nos a construir a nossa identidade pessoal.

Neste sentido, Kirkpatrick (2011) defende que é possível conhecer melhor alguém pelo Facebook, que em dez anos de amizade com essa mesma pessoa. Um ideia que Rheingold (2012) parece justificar quando conclui que “podemos aprender muito observando o perfil das pessoas no Facebook”  (p. 140), dado a enorme quantidade de informação que elas publicam.