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A virtualização das relações sociais



Atualmente encontramo-nos com os nossos amigos através das redes sociais baseadas na web, o que há alguns anos acontecia nos espaços físicos como os cafés, as festas, os passeios, etc. 

O ciberespaço assume-se cada vez mais como um espaço de sociabilização da nossa sociedade e a utilização das novas tecnologias tem, necessariamente, um efeito sobre a dimensão social das nossas vidas porque “a tecnologia não é boa nem má e também não é neutra” (Castells, 2011, p. 94) o que quer dizer que a tecnologia não é um sistema fecha-do, mas evolui para uma rede adaptável, abrangente e aberta que transforma a nossa relação com o mundo. 

A virtualização é assim uma consequência da nossa vivência como integrantes de uma sociedade em rede, globalizada, centrada no uso da informação e do conhecimento e implica um processo contínuo de transformação da realidade das relações físicas. Tal permite-nos “ser tudo aquilo que quisermos. Podemos redefinir completamente a nossa pessoa, se assim o desejarmos” (Turkle, 1997, p. 26).
Esta ideia da virtualização das nossas vidas sociais é compatível com a esfera da nossa aprendizagem, que também está sujeita a uma nova configuração espaço-temporal no qual são reconstruídos processos de funcionamento, se recriam novas formas de comuni-cação, se derrubam barreias físicas e se implementam novas oportunidades de interação. 

Para alguém que está à procura de emprego, será espectável que possa utilizar o poder desta virtualização para alcançar outras oportunidades. No entanto, estar online não basta, também será provável que essa pessoa tenha que mobilizar novas competências que lhe permitam viver online, ao que muitos chamam de cultura participativa como veremos a seguir.